quarta-feira, 17 de março de 2010


A escultura O Homem Caminhando I, do suíço Alberto Giacometti, foi arrematada por 104,3 milhões de dólares, em Londres. É o mais alto preço já pago por uma obra de arte num leilão.O recorde anterior pertencia a uma tela de Pablo Picasso,Menino com Cachimbo, vendida por 104,1 milhões de dólares em Nova York, em 2004."
Fonte: revista Veja.

A arte indígena no Brasil

A arte indígena foi admirada desde os primeiros tempos do Descobrimento, tanto assim que a levaram para a Europa. São máscaras e objetos de arte plumária, como os mantos dos índios tupinambás que estão nos acervos de museus europeus. Os artistas renascentistas que viram tais artefatos os representaram em gravuras e pinturas. No século 19 os índios foram desenhados pelos artistas cientistas que percorreram todo o Brasil na tentativa de classificar os povos e documentar seus hábitos. No século 20 os índios foram representados pelos modernistas e até a contemporaneidade são temas das artes apontando suas belezas ao lado das dificuldades de sobrevivência por que passam desde a época do Descobrimento.
Sabemos eu a arte indígena é viva e que são muitos os povos que a tornam presente sob as formas de cerâmica, plumária, cestaria e pintura corporal.,

Uma das formas de expressão artística mais antiga dos povos indígenas que se conhece é a cerâmica marajoara. Civilização indígena da Ilha de Marajó, na desembocadura do Rio Amazonas, já havia desaparecido quando os portugueses ali chegaram. Os índios haviam ocupado a parte central da ilha e feito aterros para construir suas aldeias e cemitérios. A cerâmica Marajoara é um dos sinais mais visíveis do desenvolvimento a que chegou aquela civilização. A especialização artesanal fez com que produzissem vasos de uso doméstico com formas utilitárias, vasos para cerimoniais funerários, bancos estatuetas, rodelas de fuso para produzir fios, tangas para mulheres e adornos auriculares e labiais.

O uso do barro á ancestral para a feitura de panelas e vasos. Os vasos para guardar sementes ou água, de uso diário ou ritualístico, são mais decorados do que as panelas que vão ao fogo e que com o uso logo se quebram. O emprego de diversas técnicas pata elaborar as peças e para pinta-las é reservado às urnas funerárias.

O interessante é que cada povo tem um desenho diferente para pintar os potes e objetos de barro, tal qual uma marca registrada de sua cultura. O mesmo pode ser observado no trançado das cestas e na construção das malocas.

Outra tradição importante da arte indígena é a pintura corporal. Utilizando pigmentos extraídos de frutas e sementes, como o jenipapo- que resulta em uma tinta de coloração negra- ou, o urucum - que produz uma tinta vermelha -, os índios costumam pintar o rosto, os braços, as pernas, o ventre e as costas com formas geométricas que variam de uma cultura para outra. Eles pintam o corpo para se enfeitar no dia a dia ou então para se arrumar para ocasiões especiais, como casamentos, enterros, situações e guerra ou de caça.
Eles também produzem muitos adornos de penas coloridas de aves a fim de se enfeitar para as lutas e festejar seus antepassados. É a chamada arte plumária, da qual fazem parte os cocares, os colares, as braçadeiras ou os adornos para decorar as lanças.
A dança e a música indígena também são expressões da sua arte. No dia a dia, homens, mulheres e crianças cantam enquanto realizam suas tarefas diárias. Mas é durante as festas religiosas que a música e a dança são produzidas com maior intensidade, reunindo todos na aldeia conforme a ocasião. Nem sempre homens e mulheres cantam juntos. Tudo depende da época e do que está sendo comemorado.
Durante os primeiros séculos da colonização do Brasil, a catequese, que ensinava a religião católica aos índios, foi muito importante para preservar os ritmos das músicas e das coreografias indígenas. Os padres aproveitavam as danças e incentivavam a música nas festas religiosas, incorporando a cultura à cultura cristã Por outro lado a convivência com os europeus fez com que os povos indígenas incorporassem valores estranhos a sua cultura e perdessem muitas das suas tradições. O uso das máscaras se preservou.

Bibliografia:
Tirapeli, Percival. Arte indígena:do pré-colonial á contemporaneidade.- SP:Companhia Editora Nacional, 2006. (coleção Arte Brasileira)



O artista Glauco Rodrigues, satiriza o momento histórico da Primeira Missa no Brasil, apoiando no Carta de Caminha e misturando tudo como se fosse um enredo de escola de samba.

Atividade:
Crie um desenho baseado na obra desse artista